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Menos redes sociais, mais qualidade de vida: o que a ciência conta em 2025
Você já sentiu que passar horas nas redes sociais consome sua energia ou prejudica sua concentração?
Você não está só. A ciência de 2025 confirma: o uso excessivo das redes sociais afeta diretamente nossa saúde mental, o sono, a produtividade e o bem-estar geral.
A dimensão do fenômeno

Atualmente, o tempo médio diário que as pessoas passam em redes sociais globalmente é de 2 horas e 21 minutos, segundo dados da Smart Insights e The Global Statistics.
No entanto, em países como o Brasil, esse tempo sobe para quase 4 horas por dia (3h49min), de acordo com a Statista e o What’s the Big Data.
Isso significa que, em média, quase 14% do nosso tempo acordado é dedicado às redes sociais, conforme aponta o Influencer Marketing Hub.
O impacto no cérebro e na saúde mental

Pesquisadores da Tianjin Normal University, na China, descobriram que o consumo exagerado de vídeos curtos — como os do TikTok — causa alterações cerebrais semelhantes às de vícios comportamentais e ao uso de álcool.
O motivo? O excesso de dopamina liberado nessas plataformas prejudica atenção, memória, regulação emocional e sono, segundo o News.com.au.
O cenário é ainda mais preocupante entre os jovens.
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Um estudo do The Washington Post com quase 12 mil crianças (9 a 13 anos) mostrou que o aumento do tempo diário nas redes (de 7 para 74 minutos) resultou em 35% mais sintomas de depressão, agravados por cyberbullying e problemas de sono.
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Outra pesquisa, publicada no Financial Times, apontou que até 1/3 das crianças de 11 anos já apresenta sinais de dependência digital, fortemente associados a problemas de saúde mental e risco de pensamentos suicidas.
Além disso, um relatório da ONU, divulgado pelo The Guardian, revelou uma tendência preocupante: o bem-estar dos jovens está em queda, e as redes sociais são apontadas como uma das principais causas.
Os benefícios de reduzir o uso
A boa notícia é que a ciência também mostra os ganhos de diminuir o tempo de tela:
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Bem-estar mental: em um experimento com universitários, limitar o uso das redes a 30 minutos por dia reduziu ansiedade, depressão e solidão, além de aumentar otimismo.
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Foco e autoestima: na China, um programa reduziu o uso diário de 4h39min para 1h33min em poucas semanas. Resultado: melhor sono, mais foco e autoestima elevada.
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Melhora geral: em estudo com 467 pessoas, bloquear a internet móvel por duas semanas (mantendo apenas no computador) levou a uma melhora significativa na saúde mental. 71% relataram melhora no bem-estar, sendo a redução de sintomas depressivos até mais notável que o efeito de antidepressivos (New York Post).
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Uso consciente: pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica reforçam que não é preciso cortar totalmente. Focar na qualidade das interações já reduz ansiedade, solidão e depressão.
Como as redes afetam a vida cotidiana
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Isolamento social e FOMO (Fear Of Missing Out): quanto mais tentamos nos conectar online, mais isolados podemos nos sentir. Reduzir o uso traz mais conexões reais.
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Insatisfação com a imagem corporal: filtros e edições impulsionam a chamada “Instagram Face”. Pesquisas mostram que 60% das jovens se sentem mal por não se parecerem com suas versões editadas.
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Sobrecarga de informação: a exposição constante a feeds e notícias leva à fadiga de mídia, fragmentando foco e tornando a comunicação exaustiva.
Dicas práticas para reduzir o uso

Se você quer diminuir o tempo nas redes, comece aos poucos:
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Mude a tela inicial: retire os apps da tela principal para evitar o impulso.
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Use o navegador: quando possível, acesse apenas pelo navegador, não pelo app.
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Monitore seu tempo: utilize aplicativos de monitoramento e defina metas de redução.
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Crie pausas: desconecte-se por 1h por dia para fortalecer o hábito.
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Deixe o celular fora do quarto: melhora o sono de forma simples.
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Defina horários de silêncio: por exemplo, nada de redes depois das 22h.
Conclusão: menos tela, mais vida
Reduzir o tempo nas redes sociais não significa cortar laços, mas sim um convite para se reconectar com o que realmente importa:
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seu bem-estar,
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seus relacionamentos,
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sua saúde física e mental,
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e sua capacidade de viver com presença.
A ciência de 2025 é clara: menos tela, mais vida.